Uma boa administração resolveria 50% dos problemas da saúde
Ao falar de melhorias na saúde que pretende promover Dilma destacou o acesso a exames e consultas com especialistas. O setor, carece, sim de estrutura para exames, principalmente, de médicos e de...de...de...de..., no entanto, com toda a fragilidade uma melhora na administração e um pouco mais de boa vontade de alguns médicos e servidores já amenizaria 50% dos problemas.
Do mega Hospital Getúlio Vargas do Recife ao humilde Getúlio Vargas de Aragarças (no Vale do Araguaia) o problema é o mesmo. Há poucos dias um cidadão, sentado em um tamborete nos corredores do Getúlio Vargas (Recife) dizia estar ali (internado, pasmem!) há dois dias, recebendo visita de médicos e medicação no corredor do hospital. Absurdos como este e outros como paciente ter que tomar soro, em pé, com uma das mãos segurando o equipamento, ocorrem mais por má administração. É que todo mundo já trabalha com aquele sentimento de que "já está tudo lascado mesmo, qualquer esforço será em vão".
Precisa melhorar a estrutura destas unidades de pronto atendimento para esvaziar os hospitais. Seria um céu se exames que identificam doenças graves como hepatite, estas febres bravas (dengue hemorrágica, amarela), entre outras, se fossem realizados nas UPAs. Muitas vidas seriam poupadas, muito sofrimento seria evitado. Quando chega no Hospital doenças graves, ainda ocultas por falta de exames, são atendidas dentro das faixas de prioridade. Um pé quebrado vai na frente enquanto a dengue caminha devagar, mas sempre, com o cidadão para o cemitério.
Um exemplo de má administração: um paciente passou o dia internado na UPA de Ibirapuera, no Recife. Foi bem atendido, com soro, medicamentos contra febre e dor no corpo e combate aos estragos que a doença já havia feito no sangue. Mas o bendito exame para saber se seu caso era hepatite ou dengue só seria possível fazer no hospital. Pelas informações que recebia a família imaginava que o paciente seria ENCAMINHADO ao hospital, ou seja, chegaria lá com todo o prontuário do dia, dos exames e diagnósticos já realizados, sua ficha completa, etc. Mas nada disso, apenas deram uma carona para ele até o hospital. Foi despejado na portaria para fazer uma ficha e aguardar consulta. Todo o trabalho realizado durante o dia foi jogado fora.